Como você se percebe? Como o outro te vê? Como você é?
Por: Rivane Montenegro
Durante seu desenvolvimento, o indivíduo experimenta diversas situações que irá modelar a percepção de si mesmo, que dependerá de como fora processada. Podemos citar o exemplo da criança que recebeu castigo frequente e negligência de cuidado e afeto, provavelmente acarretará na resposta, advinda da percepção distorcida sobre si e nas relações estabelecidas, este contexto não foi originado da essência deste individuo, mas poderá sofrer alterações de comportamento diante das vias que surgir a partir desta experiência.
“Toda vez que você diz um sim querendo dizer um não, acumula “nãos” para si mesmo”
(Augusto Conti)
Partindo desta possível realidade, temos o que faz parte do sujeito e o que se apresenta ao outro, configurando um espaço de variáveis divergentes, sendo fator preponderante a reflexão do individuo em suas ações e de como se vê diante do que se apresenta.
- Como identificar o que é parte de nossa estrutura e o que foi sofrendo inferência do que ficou reprimido diante do registro negativo em desejar e não obter satisfação?
A auto estima depende das inscrições que são feitas ao longo da vida do sujeito, e diante da validação “outorgada” inconsciente, pelo indivíduo, pode abrir caminho para instalação de sentimentos prejudiciais ao seu equilíbrio.
Como o outro nos percebe é resultado de todos os processos de como acontece às relações, postura: submissa ou de superioridade, projeção, satisfação/mal- estar, são dentre outros fatores, a serem analisados promovendo percepção de conteúdos, muitas vezes, até o momento desconhecido.
A psicoterapia é um veículo de acesso ao campo destes registros que não ficaram resolvidos no momento, sendo gerador de conflitos e desajuste perceptivo.
Este caminho é intenso, e agrega um conjunto de emoções do individuo, onde o manejo terapêutico, através do vínculo formado com o paciente, terá acesso aos conteúdos fundamentais a compreensão de suas inquietações, causadora de sofrimento psíquico.