A Psicologia nos filmes.
Por: Rivane Montenegro
A arte cinematográfica que surgiu em 1895 é considerada a sétima arte, juntamente com:
- Arquitetura.
- Escultura.
- Pintura.
- Música.
- Poesia.
- Dança.
Em 1911, Canudo escreveu o Manifesto das Sete Artes, no qual montou um sistema em que dividia as artes por sua relação com o espaço – pintura, escultura e arquitetura – e com o tempo – música, dança e poesia.
“Por ser uma arte do espaço e do tempo, o Cinema seria a grande síntese de todas, a sétima arte, pois parte de uma imagem projetada em uma superfície, como a pintura ou a fotografia, mas envolve o movimento, relacionando-se ao ritmo, ao tempo”1
O cinema reúne palavra e movimento, fato que a distingue das demais e atinge o público de forma ainda mais profunda, possibilitando a transição do que se pode idealizar para a concretização através da dramatização da estória.
São inúmeros os roteiros que destacam o cunho psicológico em filmes, o que gera ao indivíduo identificação de situações semelhantes as vividas por ele ou que trazem significações em seu histórico de vida. Além de promover reflexões sobre diversos contextos sociais que são comuns ao conhecimento, mas que se tornam claros diante da personificação dos personagens.
Arte por si só estimula a percepção das emoções que permeia o sujeito, o seu princípio é fundamentado na sensibilidade de quem a produz, ressignificando os símbolos de maneira peculiar a cada experiência de vida. O olhar é único e interpretável à sua condição.
O trabalho com filmes no paciente em acompanhamento psicológico é bastante proveitoso, porém a escolha deverá ser feita com objetivo definido de acordo a questão relacionada ao seu discurso terapêutico para que dê sentido a esta prática.
A Sessão Onmind foi iniciada com a dica do filme “Bicho de Sete Cabeças”, o qual apresenta a condição do usuário de maconha e seus efeitos na família pode repercutir em sua vida, lhe “condenando” a hospitalização devastadora e sem abordagem terapêutica, reduzindo-o ao uso de fármacos que o deixou ausente de sua condição humana.
Os filmes são uma ferramenta de suporte para elucidação de conteúdos muitas vezes desconhecidos pelo sujeito e que apresenta simbolicamente questões a serem trabalhadas por ele, que estando em terapia poderá surtir efeitos significativos com as intervenções do psicólogo.
Arte é elaborada pelo sujeito e a ele retorna fundamentada pela interpretação da simbologia representada.
“Não importa a cor do cabelo, o estilo das roupas, muito menos a cor da pele. Nada disso define caráter.” – Frase do filme Histórias Cruzadas
“Acima de tudo, nunca pare de acreditar.” – Frase do filme As Aventuras de Pi