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A ponta do Iceberg

A ponta do Iceberg

Por: Rivane Montenegro

Quando se pensa em buscar acompanhamento psicológico a queixa inicial aponta como a fonte de nossas questões, o que está acessível e que percebe-se como sendo a maior necessidade para se trabalhar na psicoterapia. São conteúdos que estão no consciente, os quais dão os sinais de desconforto e vem a necessidade do pedido de ajuda.

Durante o processo terapêutico o psicólogo coleta informações, registros de época da infância, adolescência e recentes, e que através do exercício desta fala o paciente remonta diversas situações associativas ao contexto abordado.

Aos poucos, o mergulho no banco de dados, até o momento não acessado, vislumbra fatores que se encaixam na demanda que o fez estar sendo “terapeutizado” e que aos poucos, livremente, permite sair do controle de regras que o limitava para aceder em um universo de informações fundamentais para a trilha da compreensão do sujeito.

A figura acima ilustra as localizações e os sentimentos por estas etapas vivenciadas, possibilitando minimização das inquietações que circulam no indivíduo quando este não assimila algum fator que vem a tona em sua rotina estando em sessões psicoterápicas, assim como compreender que este acesso não está disponível para preservação de seu bem estar, é a censura que se faz necessária diante de revelações que seriam inadequadas ao seu tempo.

Desta forma, ao longo do acompanhamento vai-se tornando acessível detalhes do conjunto de fatores apresentados nos sintomas geradores da procura pela psicologia, trazendo à tona reflexão sobre as remotas lembranças e os conflitos resultantes.

A medida das sessões seguintes uma diversidade de sentimentos relatadas pelo paciente virão fazer parte do processo de intervenções realizadas pelo psicólogo, eis que se instala o vínculo terapêutico, que tem como base a confiança estabelecida nesta relação e se torna cada vez mais imprescindível para elucidação do ‘saber’ deste indivíduo em seu significante como parte do todo.

A principal tarefa de uma existência é compreender a própria mente”

(Sigmund Freud)