Por: Ana Isabel e Rivane Montenegro
Na continuidade do vídeo publicado referente ao “setembro amarelo”, cujo principal objetivo consiste na prevenção do suicídio, dado que as estatísticas dos últimos anos são alarmantes (entre 5 a 15% dos profissionais de saúde já pensaram em colocar termo à vida e, segundo a OMS, cerca de 90% dos suicídios poderiam ser evitados), este texto tem como finalidade a apresentação de alguns sinais e sintomas que os indivíduos que pretendem cometer este ato poderão apresentar ao longo do tempo, para que possamos detetar essa intenção e evitar que se concretize.
Neste sentido, a ideação suicida consiste no processo de pensar, idealizar ou planejar o suicídio, sendo que no decorrer do ano de 2019, esta foi uma das principais causas de morte (1 em cada 100) e a maioria ocorreu em pessoas com menos de 50 anos de idade. Um dos principais meios de prevenção do suicídio referidos pela Organização Mundial de Saúde é o diálogo, o que enfatiza a importância da escuta de cada indivíduo, principalmente daqueles que apresentam alguns sinais de ideação suicida, tais como a alteração comportamental, do pensamento e das emoções, que tende a ser mais voltado para o pessimismo sobre a própria vida, observando-a como algo sem sentido e podendo existir um súbito isolamento social e mudanças repentinas do humor, podendo variar entre euforia e tristeza excessiva em poucos minutos.
Por outro lado, a melhora repentina destes sintomas, que pode ser vista como algo positivo por quem convive com a pessoa, pode também ser um sinal de alerta, uma vez que poderá representar uma aceitação da ideia de pôr fim à vida pelo sujeito.
Por último, outro dos sinais de que algo de grave está acontecendo com a pessoa, é o fato desta adotar frequentemente comportamentos que colocam em risco a sua vida, tais como o consumo excessivo de álcool e de drogas e a imprudência no trânsito, demonstrando uma desvalorização da própria vida.
Quantas vezes ouvimos e vemos comportamentos de uma pessoa próxima que se repetem e que elegemos como parte do seu contexto, naturalizando o que está muito distante do que representa a vida.
Ao menor sinal que sua intuição/perceção lhe provocar aproxime-se e acolha esta pessoa e, se possível, oriente a buscar ajuda profissional. Se você se identificou com estes sinais ou sintomas venha até nós.
Um dos principais mitos acerca do suicídio é de que “quem fala não comete e quem tentou uma vez não tentará mais”.